Série Elevadores

SÉRIE ELEVADORES – 2004/2005

A série Elevadores surgiu do estudo de movimentação e câmera no Elevador do Centro Cultural dos Correios. O primeiro desafio era, com um material bruto de cinco minutos, realizar uma série de quatro curtas que, juntos, ultrapassam o tempo de material captado. Somado o tempo da série Elevadores, alcançamos a duração do tempo de 13 minutos.


A série foi produzida no espaço interno do Centro Cultural dos Correios. O primeiro, Elevador do Poeta, foi finalizado em novembro de 2004 e possui uma linguagem poética. Os três trabalhos seguintes (Elevador, capítulos I, II e III) eram desprovidos de fantasia, em oposição ao Elevador do Poeta.

Construídos sobre um olhar maquínico, real, reconstrutor, os trabalhos Elevador Capítulos I, II e III tentam saber se, pela edição, é possível realizar um cinema poético e um cinema de prosa usando o mesmo material. Pesquisava-se também a possibilidade de estilos na edição em relação à música e em relação ao ritmo da imagem.

Elevador Capítulo 1

A série reúne um estudo de imagens-tintas montadas sobre imagens de estruturas geométricas, exploradas da arquitetura e do movimento do elevador, e seu espaço de construção. Quanto ao espectador, a investigação era saber se certas combinações entre ritmos de imagem e som poderiam despertar sensações físicas. O objetivo foi alcançado de forma curiosa.

Após a estreia da série no Festival de Cinema Universitário, em 2005, no dia seguinte encontramos uma diretora de cinema que havia visto os três trabalhos na noite anterior, e a mesma reclamou que, após ver a série Elevador Capítulos I, II e III, havia se sensibilizado de tal forma que, sentindo náuseas e tonturas, perdeu uma festa na mesma noite. O caso ocorreu principalmente durante a exibição do capítulo III, onde há uma aceleração na música e um fluxo de imagens com alta frequência e movimentação. Abaixo, temos três imagens do curta-metragem

Elevador Capítulo III.

Elevador Capítulo III

Ao compararmos a primeira sequência de imagem do Elevador Capítulo I com as fotos acima do capítulo III e as do capítulo II a seguir, podemos perceber uma distinção clara de estilo na imagem realizada na edição digital não linear.

Elevador Capítulo II

A música de João Gabriel Herculano  possui participação essencial. As trilhas dos dois últimos capítulos, Balanço de outono e Condução de Orfeu ao labirinto de Esher, foram compostas pelo músico, iniciando uma importante parceria e unindo a música e seu estudo ao grupo Cinema de Poesia.


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